Apesar dessas expectativas pode-se dizer que o país sofre com congestionamentos em rodovias e pelo alto valor cobrado nos combustíveis, nos portos as taxas cobradas em fretes são exorbitantes, as malhas ferroviárias não estão completas e suas situações estão precárias. Quanto ao setor aeroviário falta infraestrutura nos aeroportos e usufruir desse modal ainda é caro para muitas classes sociais. (GONÇALVES, 2009)
O artigo: Plano Brasil de Infraestrutura Logística PBLOG (2013) repassa as informação de que o governo pretende investir mais de 133 bilhões de reais na modernização dos modais de transportes brasileiros. Pretende repassar a responsabilidade de duplicação de estradas à iniciativa privada. A ideia é investir em todos os setores e modais, fazer diferente, ou seja, não deixar de lado às rodovias, mas investir em outros, pois até final de 2013, 60 % dos transportes são realizados por rodovias, 25% são nas ferrovias, 13% marítima e 2% em aeronaves, ressalta o Sr. Sebastião Luiz de Mello, presidente da CFA.
Conforme citado no parágrafo anterior, faltam investimentos do poder publico para com a sociedade que necessita desses meios de transportes. Vale ressaltar que investir em ferrovias, por exemplo, é diminuir os índices de furtos e acidentes e o baixo consumo de energia por unidade transportada, essas são as principais vantagens do transporte ferroviário. Apesar disso, é o meio mais indicado para transporte de longa distância. Os desafios para as construções de ferrovias é a transposição de obstáculos naturais, conforme a figura (01).
A utilização apenas do transporte rodoviário faz com que o custo final dos produtos transportados se tornem mais caros, devido a precariedade das estradas e rodovias. O alto custo dos pedágios e pelos riscos de segurança, os valores são repassados para o transporte da mesma e logo repassado para o consumidor.
Figura 1: construção de trilhos sobre o rio. Fonte: (PBLOG, 2013)
Porém, isso tem mudado, conforme a entrevista da presidente Dilma Rousseff:
“A presidenta Dilma Rousseff
afirmou hoje (14), na coluna Conversa com a Presidenta, que serão investidos R$
137,8 bilhões até 2014 no setor de transportes. Ao responder pergunta de Otávio
Vieira, 51 anos, representante comercial em São Paulo (SP), sobre investimentos
em ferrovias e hidrovias, Dilma disse que, com o de Aceleração do Crescimento
(PAC), foram retomados os investimentos em todos os sistemas de transporte.”
(BLOG DO PLANALTO, 2014)
Em 2010, 2011 e 2012 foram anos de muitas construções, afirma Gonçalves (2009). Foram investidos mais de R$ 565 bilhões em infraestrutura até o ano de 2013. Após esse período foram registrados mais de 8.300 obras em andamento e o valor para a conclusão das mesmas chega a 01 trilhão de reais.
Portanto, estão vendo as necessidades de se investir nos transportes, pois mediante os investimentos é que o país se desenvolverá e ganhará visibilidade no exterior. No entanto, enquanto não existe um término nas obras, o transporte de cargas, no Brasil, continua sofrendo deficiências de regulação, as infraestruturas das ferrovias estão inacabadas e há um elevado custo de capital, a falta de política pública de investimento, que combinados, levaram o país a uma dependência exagerada do modal rodoviário. Existe a proposta de continuação da ferrovia Norte-Sul, onde a mesma estará partindo de GO, em seguida SP, Maringá – PR, SC e RS. Com isso, permitirá que as produções entre as regiões se integrem. (PBLOG, pag. 35-36). A perspectiva é que os estados possam se entrelaçarem e portanto, haja uma integração entre esses.
Quanto ao modal hidroviário, os investimentos nas construções de embarcações são caros, porém, com a utilização do mesmo o próprio se paga. O litoral brasileiro possui mais de 7.000 km de extensão e 44 000 km de rios navegáveis, e apenas 13 % da matriz de cargas são feitas por esse modal. É importante salientar que esse modal é reconhecido pela minimização dos impactos ambientais, logo, o investimento nesse setor é bastante promissor, ver figura (2).
Daniel (2013) comparou os custos e os gastos de combustíveis para transportar uma tonelada de carga por 1000 km, ele obteve as seguintes informações: 5 litros o Hidroviário, 10 litros o ferroviário e 96 litros o rodoviário. Um dos problemas que poderia gerar transtornos é o vazamento de óleo nos rios, caso o modal hidroviário se fortalecesse, porém, são coisas que ainda deverão ser pensados, já que não se tem uma previsão concreta para a ampliação e investimento nesse modal.
Figura: Transportes aéreos. Fonte: (PBLOG, 2013)
Será bastante vantajoso o investimento em todos os modais,
pois assim, consequentemente haverá redução de gases expelidos pelos
automóveis, reduzirá o tráfego de veículos de grandes portes nas estradas, haverá
racionalização nos investimentos de infraestruturas nas estradas, contribuindo
para preservação ambiental e claro a integração entre os modais de transportes.
Os slides desse trabalho estão disponíveis em: http://pt.slideshare.net/EdilsonLuisFernandes?utm_campaign=profiletracking&utm_medium=sssite&utm_source=ssslideview
By: Edilson Luis Fernandes, Paula Fioretti, Nayane Schamberlain e Daniele Neumann
Professora: Simone Vassallo
E-mail: edilsonluis@gmail.com
REFERÊNCIAS
BLOG DO PLANALTO. Disponível em: < http://blog.planalto.gov.br/governo-vai
investir-r-1378-bilhoes-no-setor-de-transportes-ate-2014-afirma-dilma/ >
Acessado dia 07/11/14
DANIEL, Erimilson João.
Pesquisa Principais Investimentos em Infraestrutura no Brasil até 2018.
GONÇALVES, José Manoel
Ferreira; MARTINS, Gilberto. Raio X da produção, investimento e participação dos modais de transportes. 2009.
Disponivel em: www.brasilengenharia.com.br. Acessado dia: 19/11/14.
G1. GLOBO. Disponivel em: < http://g1.globo.com/economia/noticias/2012/08.html > Acessado dia 07/11/14
PBLOG. Disponivel em: < http://www.cfa.org.br/servicos/publicacoes/planobrasil_web1.pdf > Acessado dia 20/11/14
BRASIL. Plano Brasil de
Infraestrutura Logística: Uma abordagem sistêmica. Sistema CFA / CRAs.
Brasilia: Conselho Federal de Administração, 2013
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