Buda

"A lei da mente é implacável. O que você pensa, você cria; O que você sente, você atrai; O que Você acredita, torna-se realidade."
Boa leitura

Vitórias

"Há vitórias que exaltam, outras que corrompem, derrotas que matam, outras que despertam." Antoine de Saint-exupéry
"Gosto da sinceridade das horas que não falamos absolutamente nada. Só assim tudo é dito em absoluto." (CLARICE FREIRE)

Se sentindo romântico

"Mesmo que o tempo me leve a lugares distantes e me faça esquecer parte da minha vida. Haverá sempre lembranças de você. Prometi guarda-la em minha alma e não no meu coração, porque um dia meu coração deixará de bater, mas minha alma jamais deixará de existir..."

Turismólogo

Turismólogo
Este profissional pode assumir o papel de empreendedor, gestor e administrador, integrando todas as atividades do setor de turismo. Poderá atuar ainda em empreendimentos de turismo, na organização e administração de empresas e empreendimentos turísticos, no planejamento e execução de projetos de turismo regional, nacional e internacional, na programação e organização de atividades de lazer, na docência de cursos profissionalizantes de Turismo, na identificação e avaliação de potencial turístico. No decorrer do curso são desenvolvidos programas de qualidade voltados para o turismo, visando à satisfação do consumidor, à preservação do meio ambiente, à qualidade de vida das populações regionais, ao desenvolvimento sustentável, à formação de mão-de-obra qualificada. O profissional pode atuar em setores de empresas públicas ou privadas, relacionados ao turismo e meio ambiente, empresas de turismo e meio ambiente, escolas, universidades. (UNESPAR/CAMPUS CAMPO MOURÃO, 2014)

terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

O PROFISSIONAL DO TURISMO, O MEIO AMBIENTE E A SITUAÇÃO DO TURISTA ESTRAGEIRO NO BRASIL

 EDILSON LUIS FERNANDES 
Turismólogo pela UNESPAR

            O turismo é um fenômeno socioeconômico que consiste no deslocamento temporário e voluntário de um ou mais indivíduos que, por uma complexidade de fatores, que envolvem a motivação humana, saem do seu local de residência habitual para outro, gerando múltiplas inter-relações de importância cultural, socioeconômica e ecológica entre os núcleos emissores e receptores. (BRASIL, 2015).
            No ano de 2012, o setor do turismo no Brasil ocupava a 6ª posição em geração de renda entre os países das Américas, Europa e Ásia. Com essa colocação no ranking de faturamentos, investir em infraestrutura, qualificar mão de obra, aumentar a competitividade no setor e incentivar o turismo como um todo será de grande importância para toda a sociedade (BRASIL, 2013). Portanto, o investimento em equipamentos turísticos é inevitável.
            Em 2014 foram gerados 8,8 milhões de empregos diretos e indiretos e em 2015 estimou-se que R$ 534,6 bilhões de reais seriam investidos nas atividades diretas e indiretas do setor (WTTC, 2014), mostrando a influencia que a atividade promove. Compreender o desenvolvimento da atividade de turismo é importante, para que se possam atender as mais diversas necessidades, estipulando e criando estratégias de negócios. 
            No ano de 2015, o turismo no Brasil, de acordo com as projeções feitas pelo Ministério do Turismo em parceria com a Fundação Getúlio Vargas, injetou cerca de R$ 2,6 bilhões à economia do país, considerando apenas dias de feriados prolongados, de 2 a 3 dias. (BRASIL, 2015).
            Assim, verifica-se que cada vez mais é ressaltada a importância do setor para o Brasil, pois, em datas consideradas ociosas o turismo é utilizado para reverter a condição de baixa demanda no mercado. Alguns autores entendem que o turismo não é apenas “economia”, mas sim, um meio que é carregado de signos e representações ambientais. (NACIF, 2004).           
            O turismo está em ascensão, e seu desenvolvimento no pais cresce a cada ano, no entanto, o investimento em infra-estrutura é desproporcional ao investimento na mão de obra qualificada. Sendo assim, há suporte arquitetônico, mas não capacitação. (ROCHA, 2015) .
            Para ingressar nessa área, o profissional do turismo deve buscar especializações, buscar conhecimento daquilo em que pretende atuar. Além de saber se comunicar, ter bom relacionamento com as pessoas ele deve saber se colocar no lugar do outro, pois a empatia é a peça fundamental para a comunicação entre as pessoas. (LEAL, 2004)
            O mercado busca nesse profissional aquele que tem convicção daquilo que diz, que tem conhecimento das palavras expressadas, que domine outros idiomas, que entenda de informática, marketing, que procura estar informado sobre a atualidade e nos últimos anos, é a questão do empreendedorismo que está tomando espaço para complementar os requisitos de um bom profissional, não só do turismo, mas de outras áreas.
            Conceitua-se empreendedorismo como: a habilidade de criar e constituir algo a partir de muito pouco ou do quase nada (BARRETO, 1998). Sendo assim, é aquele que vê oportunidade, tomando iniciativa para mudar e que se arrisca em busca de realizar seu projeto.
            O turismo é uma atividade bastante complexa e fica mais ainda quando se trata de Turismo e meio ambiente. Reconhece-se o crescimento desordenado das atividades do turismo e dos impactos causados por ele, principalmente nas áreas ambientais.  
            Logo, faz do turismo como atividade de desenvolvimento positivo ou predatório. Outro estudo aponta o mesmo resultado, com é o caso de (CAGNA, 2012).  Segundo Cagna (2012), o crescimento desordenado do turismo em áreas do litoral acarretou a degradação ambiental, aumentou a violência na comunidade de Guarujá no estado de São Paulo e com a especulação imobiliária expulsou os nativos Caiçaras das suas moradias.
            No Brasil, apesar desses pontos negativos citados no parágrafo anterior, o turismo tem um grande potencial econômico, cultural, social e ambiental devido a reciprocidade que estabelecem entre esses quatro elementos. Para tanto, deve observar o perfil dos turistas, de onde eles vem, o que pretendem, o que buscam. Assim, será possível administrar gastos e investir nos pontos certos.
            Atualmente, mesmo se investindo em infra-estrutura, ainda existem reclamações dos turistas que viajam no Brasil, principalmente dos turistas estrangeiros. Segundo eles, as rodovias são precárias, as sinalizações são ruins, os serviços telefônicos são caros, a internet é mal avaliada, mas, a hospitalidade continua sendo o cartão de visita. (VEJA, 2011)
            O ministério do turismo reconheceu os problemas, principalmente o da sinalização e fez com o governo liberasse R$ 38 milhões em 2012, para os projetos de sinalizações nas doze capitais que sediaram a Copa Mundo. (G1, 2013)
            Mas ainda existem muitas coisas para se mudar e não é só a sinalização. O Rio de Janeiro que é o estado que mais recepta turistas estrangeiros, em 2015, registrou um alto índice de violência urbana. O saneamento básico está precário, os valores de serviços e produtos inflacionados e por fim, a cidade não está estruturada para receber pessoas com deficiência física ou com mobilidade reduzida. Imagens como essa são retratada no exterior e faz disso motivos para que os turistas estrangeiros venha cada vez menos ao Brasil.


            Na minha opinião, além de um bom profissional, investimento em infraestrutura e mão de obra, o que precisa mesmo é valorizar um pouco esses profissionais que atuam nas atividades de turismo, porque hoje está complicado. Querem que o turismólogo ou técnico trabalhe, mas não querem paga-lo com um valor digno de um profissional.
            Conforme visto, o turismo está em ascensão e cresce a cada no Brasil. Acredito que chegou a hora de valorizar um pouco mais aqueles que vivem dessa atividade tão importante para todos os setores.



REFERENCIAS

BARRETO, L. P. Educação para o Empreendedorismo. Salvador: Escola de Administração de Empresa da Universidade Católica de Salvador, 1998.

BRASIL. Dados e Fatos. 2015. Ministério do Turismo. Disponivel em: <http://www.dadosefatos.turismo.gov.br/dadosefatos/espaco_academico/glossario/index.html> Acessado dia 24/09/15.

BRASIL. Lei Geral do Turismo n.º 11.771/08, de 17 de setembro de 2008. Dispõe sobre a Política Nacional de Turismo, define as atribuições do Governo Federal no planejamento, desenvolvimento e estímulo ao setor turístico; revoga a Lei no 6.505, de 13 de dezembro de 1977, o Decreto-Lei no 2.294, de 21 de novembro de 1986, e dispositivos da Lei no 8.181, de 28 de março de 1991; e dá outras providências.

CAGNA, Thiago. 2012. Disponivel em: < http://ecohospedagem.com/que-tipo-de-turismo-voce-faz-bom-para-todos-envolvidos-ou-predatorio/>. Acessado dia: 08/02/16

G1. 2013. Disponivel em; < http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2013/01/falhas-de-sinalizacao-sao-uma-das-principais-reclamacoes-de-turistas.html > Acessado 09/02/16

LEAL, Sergio Rodrigues. Revista Turismo. 2004. Disponivel em: < Http://www.revistaturismo.com.br/artigos/habilidades.html> Acessado dia: 09/02/16

NACIF, Luiz Henrique Roevenstrunk.A alta tecnologia e a Industria Hoteleira. Curso de Especialização em Gestão de Marketing do Turismo. Brasilia – DF: Universidade de Brasilia, 2004. 

ROCHA, Marcio. 2015. Disponivel em: < http://www.fecomercio-se.com.br/destaques/dificuldades-do-setor-de-turismo-sao-analisadas-em-reuniao>. Acessado dia: 09/02/16

VEJA. 2011. Disponivel em: < http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/pesquisa-40-dos-turistas-estrangeiros-reclamam-dos-precos-no-brasil > Acessado dia 09/02/16

WTTC. Conselho Mundial de Viagens e Turismo. Disponivel em: < www.brasil.gov.br/turismo> Acessado em novembro de 2015.

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