Buda

"A lei da mente é implacável. O que você pensa, você cria; O que você sente, você atrai; O que Você acredita, torna-se realidade."
Boa leitura

Vitórias

"Há vitórias que exaltam, outras que corrompem, derrotas que matam, outras que despertam." Antoine de Saint-exupéry
"Gosto da sinceridade das horas que não falamos absolutamente nada. Só assim tudo é dito em absoluto." (CLARICE FREIRE)

Se sentindo romântico

"Mesmo que o tempo me leve a lugares distantes e me faça esquecer parte da minha vida. Haverá sempre lembranças de você. Prometi guarda-la em minha alma e não no meu coração, porque um dia meu coração deixará de bater, mas minha alma jamais deixará de existir..."

Turismólogo

Turismólogo
Este profissional pode assumir o papel de empreendedor, gestor e administrador, integrando todas as atividades do setor de turismo. Poderá atuar ainda em empreendimentos de turismo, na organização e administração de empresas e empreendimentos turísticos, no planejamento e execução de projetos de turismo regional, nacional e internacional, na programação e organização de atividades de lazer, na docência de cursos profissionalizantes de Turismo, na identificação e avaliação de potencial turístico. No decorrer do curso são desenvolvidos programas de qualidade voltados para o turismo, visando à satisfação do consumidor, à preservação do meio ambiente, à qualidade de vida das populações regionais, ao desenvolvimento sustentável, à formação de mão-de-obra qualificada. O profissional pode atuar em setores de empresas públicas ou privadas, relacionados ao turismo e meio ambiente, empresas de turismo e meio ambiente, escolas, universidades. (UNESPAR/CAMPUS CAMPO MOURÃO, 2014)

domingo, 28 de dezembro de 2014

CARACTERIZAÇÃO DO PARQUE NACIONAL VILA RICA DO ESPIRITO SANTO - FÊNIX - PARANÁ

EM CONSTRUÇÃO....

POTENCIAL TURISTICO NO PARQUE NACIONAL VILA RICA DO ESPIRITO SANTO – FENIX – PARANÁ E SUA CARACTERIZAÇÃO


FERNANDES, Edilson Luis
Graduando em Turismo e Meio Ambiente pela UNESPAR – Universidade Estadual do Paraná

JUNGES, Guilherme
Graduando em Turismo e Meio Ambiente - UNESPAR

LENNON, Raul
Graduando em Turismo e Meio Ambiente - UNESPAR

RIELING, Gercilaine
Graduanda em Turismo e Meio Ambiente - UNESPAR


Resumo

Este trabalho visa demonstrar a importância que tem a preservação do patrimônio natural, principalmente no momento histórico em que o ecoturismo está tão evidente. O Parque Estadual de Vila Rica do Espírito Santo, em Fênix no Paraná como diversos outros é um potencial de ecoturismo e que deve ser estudado, principalmente para que se alcancem os objetivos de preservá-lo, incentivar que ocorram melhorias físicas, investimentos por partes de órgãos públicos, maior supervisão das atividades desenvolvidas no local, conscientização da importância do patrimônio natural e também incentivo de pesquisas que venham a somar com a disseminação da importância da preservação de todos os patrimônios existentes, privilegiando a comunidade que vive em seu entorno.



Palavras-chave: Ecoturismo; Caracterização; Parque Estadual Villa Rica do Espirito Santo




Introdução

Além do desenvolvimento desejado para o Parque, também se faz necessário o entendimento do seu potencial por parte da comunidade, já que esta tem o dever de cobrar dos órgãos públicos qualquer tipo de descaso com a localidade, assim como de qualquer outro patrimônio público.
Portanto, propõe-se alternativas para o seu desenvolvimento e surgimento de uma agência que possibilite a integração da comunidade. Além de apresentar a sua importância histórica e dar exemplos de outros empreendimentos que comprovem a boa utilização do ambiente para a pratica do ecoturismo, demonstrando a possibilidade de desenvolvimento econômico para o município de Fênix – PR.
A realização desse trabalho se deu baseado na utilização do plano de manejo do parque, de entrevistas informais com os funcionários da localidade estudada, utilização de programas como Google Maper e Google Earth para verificar e analisar a caracterização da área.
É possível considerar que o Município de Fênix PR possui um grande potencial turístico, como o Parque Estadual Vila Rica do Espírito Santo. Que revela a identidade e a memória da comunidade jesuítica que por ali passaram.  Sendo a terceira comunidade fundada por espanhóis no Oeste do Estado, possuindo um valor histórico e arqueológico inestimável, sem falar no valor cultural e religioso, pois ali estão localizadas as ruínas de Vila Rica do Espírito Santo que deram origem ao seu nome.
O Parque Estadual Vila Rica do Espírito Santo, foi decretado Parque pelo decreto Estadual nº 6.125 de 16 de fevereiro de 1983, se tornando então uma das grandes unidades de conservação presente no Estado do Paraná. O seu valor histórico e arqueológico é o que atrai os turistas. Um dos grandes diferenciais do parque são suas ruinas e nesta área são encontrados vestígio da cidade colonial.
Partindo desse pressuposto, este trabalho busca compreender se todo esse potencial de turismo histórico, arqueológico, cultural e religioso tem como ser utilizado pelo Parque para atrações de turistas da região e se a comunidade pode ser beneficiada com esse potencial turístico.







Ponto de apoio à turistas no PEVRES


Figura 1: Ponto de apoio com sanitários, sala de recepção aos turistas e um pequeno museu com artigos encontrados na região do parque. Fonte: Raul Lennon, 2014



Objetivo Geral

Avaliar formas e métodos para desenvolver uma agência de turismo especializado em atividades ecoturísticas voltadas à educação ambiental e Caracterizar a RPPN por meio de pesquisas técnicas e levantamentos de dados da mesma.

Objetivos Específicos

·                    Buscar experiências de outras unidades de conservações que possuam atividades ecoturísticas, dando ênfase ao turismo pedagógico.
·                    Oferecer produtos de qualidade aos visitantes
·                    Identificar o desejo dos órgãos públicos do Município e da comunidade para a implantação dessas atividades no Parque Estadual Vila Rica do Espirito Santo. 
·                    Demonstrar as possibilidades da educação ambiental tendo como ferramenta o turismo pedagógico no PEVRES durante a prática da atividade turística.


Tipo de empreendimento a ser desenvolvido

Agência de turismo especializado em atividades de ecoturismo e turismo educativo, além de divulgação responsável e incentivo de projetos. Alternativas que possam aumentar as possibilidades de participação e benefícios da comunidade sob o local.


Por que é compreendido como ecoturístico

Porque ele utiliza dos recursos naturais e culturais de um determinado local, no caso o Parque Estadual Vila Rica do Espirito. Esse buscará desenvolver o respeito pela natureza por meio do contato com o ambiente natural e promover o envolvimento da comunidade.
Logo, a prática das atividades ecoturísticas e diferentes também do turismo convencional, buscando compreender que o ambiente não deve ser degradado e sim atender as expectativas dos visitantes, contribuindo para a experiência da visitação. Segundo Pires (2002, p.146) “Ecoturismo é uma forma de turismo inspirado primeiramente pela historia natural de uma área, incluindo suas culturas indígenas”.
Aspectos teóricos relacionados a esse empreendimento

A atividade turística nos dias de hoje, é considerada uma das maiores economias do mundo, pois é uma área muito extensa e de vários segmentos que a compõem. Um deles, o que será brevemente retratado neste trabalho, é o segmento de Ecoturismo. Para Pires (2002, p. 104) “[...] o Ecoturismo prioriza a preservação do espaço natural em que é realizado e seu projeto contempla a conservação antes de qualquer outra atividade”.
A prática desta atividade é realizada de modo responsável, buscando a preservação do meio natural e cultural, promovendo o bem estar da população local comprometida com a educação ambiental e o desenvolvimento socioeconômico de maneira sustentável. Na Unidade de Conservação apresentado neste trabalho, uma das atividades turísticas existentes que consta no plano de manejo é a educação ambiental. Onde uma das ferramentas para o desenvolvimento é o turismo pedagógico, um segmento turístico que deveria ser explorado no Parque Estadual Vila Rica do Espírito Santo de maneira adequada. Pois, demonstra as teorias ministradas em salas de aula, podendo ser vivenciadas junto à natureza, onde os alunos entram em contato com espécies da fauna e flora, adquirindo novos conhecimentos e informações sobre o parque visitado.
Neste contexto, o professor consegue atingir seus objetivos didáticos de forma lúdica, pois as atividades pedagógicas são desenvolvidas com brincadeiras e entretenimento por profissionais de turismo capacitados. Segundo Hora e Cavalcanti (2003) o Turismo Pedagógico pode ser planejado e desenvolvido por equipes multidisciplinares formadas por bacharéis em turismo e por professores de diversas áreas, visando à elaboração de propostas de atividades que incluam algum tipo de deslocamento do ambiente escolar, como por exemplo, visitas a atrativos naturais.
O turismo pedagógico no Parque Estadual Vila Rica do Espirito Santo como uma alternativa de educação ambiental para diversos públicos seria uma realidade que possibilitaria uma contribuição real para o atrativo.



Figura 2: Visitação dos acadêmicos do Curso de Turismo e Meio Ambiente da UNESPAR ao PEVRES. Fonte: Raul Lennon, 2014

Embora seja um turismo novo, no Brasil vem crescendo e ganhando espaço. Alguns autores estudam o tema e apresentam a característica desse novo segmento, reconhecendo que este tipo de turismo envolve atividades relacionadas à educação, ao aprendizado e ao conhecimento de forma a apresentar uma visão critica e reflexão da realidade (BONFIM, 2010).
O turismo pedagógico é assim chamado, devido a sua característica peculiar de ocorrer no período letivo e não no período de férias como outros segmentos convencionais. Sendo assim, é definido como “uma modalidade de turismo que serve ás escolas, em suas atividades educativas” (ANDRIOLE; FASTINO 1999, p 165).
Ansarah (2005, p. 294) apresenta que o objetivo desse tipo de turismo é “fazer com que o aluno/ turista tenha contato com a natureza (num conteúdo como, por exemplo, o estudo do espaço), de vivenciar e conhecer os espaços novos (conteúdos de sociologia e antropologia)”.
Busca – se então, estabelecer uma ligação entre a atividade turística e a pedagogia. Tendo o turismo, como o responsável no processo de aprendizagem, objetivando mais qualidade na educação (BONFIM, 2010).
O objetivo maior quando se realiza a atividade de turismo pedagógico não é o lazer em si, mesmo que em alguns momentos sejam desenvolvidas ações compreendidas como lazer (BONFIM, 2010).
Será de muita importância a parceria entre os órgãos municipais e estaduais a fim de consolidar essa atividade dentro do parque. Este certamente será um caminho viável para o desenvolvimento da unidade de conservação sendo de extrema importância para os professores e bacharéis em turismo, geografia, ecologia e outros, no sentido de chamar a atenção para o Parque Estadual Vila Rica do Espírito Santo, que possui um patrimônio histórico cultural relevante para a população local.
Atualmente, são desenvolvidas na Unidade de Conservação atividades de pouca abrangência no quesito educação ambiental, pois os profissionais que atuam no parque apenas disponibilizam um vídeo sem muita riqueza de informações e as informações constadas não estão atualizadas, portanto, os acadêmicos do curso de Turismo e Meio Ambiente que visitaram o local no ano de 2014 viram a necessidade de mudança nessa abordagem entre os profissionais que atuam no Parque Estadual Vila Rica do Espirito Santo e os Turistas.
A atividade turística desenvolvida no Parque é o segmento de Ecoturismo que tem como definição:

“[...] um segmento de atividade turística que utiliza, de forma sustentável, o patrimônio natural e cultural, que incentiva sua conservação e busca a formação de uma consciência ambientalista por meio da interpretação do ambiente, promovendo o bem- estar das populações” (MINISTÉRIO DO TURISMO, 2012).

É um segmento que se caracteriza pelo contato com ambientes naturais, sendo atividades que proporcionam uma integração com a natureza, de maneira sustentável, sendo contextualizado como um tripé em interpretação, conservação e sustentabilidade (BRASIL, 2012).
No Parque, existe uma trilha de aproximadamente 50 minutos de duração, com acompanhamento de um guia, onde os visitantes podem observar a fauna e a flora do local. Nesta trilha encontrasse vegetações classificadas como de suma importância para o contexto ambiental como espécies de figueiras encontradas no decorrer da trilha, sendo possível visualizar na imagem apresentada logo abaixo.


Figura 3: Figueira. Fonte: Raul Lennon, 2014

A trilha usada pelos visitantes que percorre o trajeto que leva até o lago não possui uma estrutura adequada, não contem lixeiras em alguns locais como no final da trilha, onde os visitantes podem descansar e fazer uma breve refeição, pois no lugar contem um quiosque, as sinalizações da trilha deveriam ser novamente pintadas, pois estão desgastadas. Sendo este local de extrema importância para a realização do turismo pedagógico que esta ilustrada na figura logo abaixo que apresenta visualmente o local para a melhor compreensão.


Figura 4: Lago no interior do parque com espécies de jacarés.
Fonte: Raul Lennon, 2014

Exemplos de empreendimentos semelhantes

O Parque Estadual do Guartelá é um exemplo, sendo criado pelo decreto 2. 329 de 24 de Setembro de 1996, oficialmente implantado em 1997, com uma área de 798,97 há. As atividades que o Parque possui e utiliza como destinações turísticas são os sítios arqueológicos, cachoeiras, observação de ecossistemas variados, observatório de aves, panelões do sumidouro para banho, Canyon do Rio Iapó, mirante voltado para o Canyon entre outros.
Os grupos educacionais participam ativamente das atividades realizadas neste local, destacando o parque para a questão do patrimônio natural e cultural.
Outro exemplo mais próximo é o Parque Estadual do Lago Azul (PELA) no município de Campo Mourão, onde as visitas são agendadas e guiadas pelas trilhas do Parque, porém, ainda é um local, assim como o Parque de Fênix, pouco visitado, logo, pouca evidência no próprio município de Campo Mourão por parte dos seus habitantes. O que possibilita uma hipótese de que a falta de divulgação acabe impossibilitando aproximação da comunidade à esses parques e da compreensão da importância que essas localidades tem.


Figura 5: Acadêmico Raul Lennon em visita ao Parque do Quartelá em Tibagi.
Fonte: Raul Lennon, 2014


                
Criação do empreendimento

Por se tratar de uma unidade de conservação pouco explorado turisticamente, conforme relatado pelos funcionários do próprio parque, houve-se a intenção de criar um empreendimento voltado às práticas ecoturísticas que valorize a história do local e proporcione a comunidade um envolvimento acerca dessas atividades. Trabalhar a importância do Parque Estadual Vila Rica do Espírito Santo para o desenvolvimento econômico do município de Fênix – Pr.
O parque está localizado no seguinte endereço: Avenida Doutor Joaquim Vicente de Castro e em torno de 600 metros de estrada de chão, cascalhado, portanto, sem pavimentação.


Localização visual e sua caracterização


Figura 6: lado esquerdo está o município de Fênix - PR e do lado direito está o recorte da área a ser trabalhada. Fonte: Google Maps, 2014. Adaptação: Edilson Luis, 2014.


A história do Município de Fênix Paraná remonta ao ano de 1576, quando os jesuítas espanhóis fundaram a cidade de Vila Rica do Espírito Santo, localizado no pontal formando pelos rios Ivaí e Corumbataí, local onde se encontra atualmente o Parque Estadual Vila Rica do Espirito Santo.
Entretanto, em 1632 este local foi sitiado, destruído e incendiado pelos bandeirantes paulistas comandados por Antônio Raposo Tavares. As ruínas existem até hoje e estão localizadas a apenas três quilômetros da atual sede do município de Fênix que fica aproximadamente 66 quilômetros da cidade de Campo Mourão Paraná.
Portanto, o Parque Estadual Vila Rica do Espirito Santo foi criado em 1955 em função do seu valor histórico e arqueológico, pois ali se encontra localizadas as ruinas de Vila Rica Del Espirito Santu, uma das 16 comunidades jesuíticas espanholas fundadas nos séculos XVI e XVII, dando assim origem ao seu nome atual Parque Estadual Vila Rica do Espírito Santo. Atualmente é considerada uma Unidade de Conservação, onde é mantido pelo Estado do Paraná através de órgão competentes como o IAP - Instituto Ambiental do Paraná.
Segundo informações dos funcionários do Parque, o museu paranaense de Curitiba vem desenvolvendo pesquisas arqueológicas na área do Parque Estadual Vila Rica do Espirito Santo desde 1954, tendo realizado levantamento histórico, a topografia das ruínas, além de escavações arqueológicas e vistoria dos limites do parque buscando a identificação de novos sítios arqueológicos. 
As figuras logo abaixo mostram os objetos e documentos que foram encontrados na localidade e hoje se encontram expostos no museu da Unidade de Conservação para que os turistas possam visualizar e compreender a importância deste Parque para a História do Município de Fenix – PR



Figura 7: Fosseis e exemplares de minerais do Parque. Fonte: Raul Lennon, 2014

Segundo o Plano de Manejo (2003), o Parque esta situado em uma área de 353,68 hectares, o mesmo preserva um dos últimos remanescentes da pujante floresta tropical, muito rara em toda a região, sendo um dos últimos redutos da peroba no Paraná, figueiras e canelas de até 20 metros de altura, além do palmito em abundância. Refúgio de exemplares da fauna e flora, a floresta abriga da extinção o Urubu Rei, a Juruva, o Gavião Carijó, o Jacu, o Gato Mourisco, o Leãozinho-Baio, os Catetos, os Coatis, Veados e Macacos-Prego, e outros, que encontram na mata guarida segura.
Com base na pesquisa de Pedro Scherer Neto, um total de 257 espécies de aves foram registradas no Parque, representando cerca de 32% de toda avifauna paranaense. Também se registra 49 espécies de mamíferos. Entre estas se encontra o tamanduá-mirim, ao lado de grandes felinos como a suçuarana e a onça-pintada e roedores. Nas florestas e cerrados onde habita, o tamanduá-mirim dorme durante o dia dentro de ocos de árvores e, à noite, sai para alimentar-se apenas de insetos, principalmente formigas, térmitas e abelhas (IAP, 2003).
A história do município de Fênix relata a ocupação espanhola no Paraná, o Tratado de Tordesilhas, celebrado entre o Paraguay e Espanha em 1494, colocava o atual território paranaense, a oeste de Paranaguá, como sendo espanhol. Nesta área, denominada Província del Guairá, povoada por grupos indígenas das famílias linguísticas Tupi-Guarani e Jê, a Coroa espanhola fundou, a partir de 1554 cidades, inicialmente Ontiveros, depois entre 1556 e 1557,  Cidad Real del Guairá, cujas ruínas atualmente estão localizadas no município paranaense de Terra Roxa.
A terceira cidade espanhola fundada em 14 de maio de 1570 foi Villa Rica del Espiritu Santo, nas proximidades do rio Cantu. Em 1589, depois de epidemias de varíola e gripe houve várias mudanças de local, até que Villa Rica foi transferida para confluência dos rios Corumbataí e Ivaí em 1592 por Ruy Diaz Melgarejo, constituindo-se em "Posto Avançado" dos espanhóis de Assunção no Território Del Guayrá. Dali, os "encomenderos" espanhóis percorriam o interior capturando índios Guaranis, que enviavam aos seus ervais em Maracaju para trabalho escravo, gerando conflito com os Jesuítas catequizadores.
Após a destruição das Reduções Jesuíticas pela Bandeira de Antonio Raposo Tavares, a Villa ficou a mercê dos paulistas, que em 1632 expulsaram toda a população espanhola para a porção ocidental do rio Paraná.
Os padres que resistiram foram chacinados, as aldeias foram queimadas e os índios que sobreviveram escravizados. Assim terminou o domínio espanhol em toda a região que lhes fora conferida pelo Tratado de Tordesilhas, que colocara o atual território paranaense, a oeste de Paranaguá, fora dos limites da coroa portuguesa.
As bandeiras paulistas aumentaram o território brasileiro, mas o preço desse progresso foi alto apenas os trabalhos manuais dos índios sobreviveram para contar esta história.


Os potenciais

O potencial turístico de maior relevância para o município atualmente é o Parque Estadual Vila Rica do Espirito Santo, pois sua historia pode atrair a curiosidade de turistas que buscam conhecer o território do Paraná e seus povos. Vale ressaltar a importância de conhecer a fauna e flora do local, desfrutar e das trilhas destinadas aos turistas.
Inclusive, para complementar a visita o município conta com a Igreja da Serra, uma capela dedicada a Santo Inácio de Loyola que foi construída a beira do Caminho de Peabiru, que é uma antiga trilha que saia do litoral brasileiro até o Peru. Esses pontos turísticos possuem grandes valores históricos e culturais que poderão ser explorados pelos futuros profissionais que atuarão naquela área.



Figura 8: Capela da Serra. A mesma é dedicada ao Santo Inácio de Loyola. Localização: próximo ao caminho de Peabiru em Fênix; Fonte: Roque, 2011

Problemas encontrados atualmente no parque

A falta de integração entre as entidades governamentais que estão à frente da administração do Parque, infraestrutura para a recepção de turistas ao local e o pouco desenvolvimento de atividades de valorização do ambiente natural e histórico do local.


Possíveis soluções

É necessário que as pessoas que atuam no parque estejam aptas a repassarem as devidas informações históricas e técnicas do parque. As atividades turísticas como a educação Ambiental que é um dos focos desse trabalho deverá possuir ferramentas para trabalhar com ênfase no Turismo Pedagógico e Ecoturismo, dai a importância de se ter infraestrutura.
Porém, para a realização destas atividades é necessário uma gestão adequada, com levantando de dados, atualização do plano de manejo da área, deve – se buscar uma ligação com gestão privada, que poderá auxiliar financeiramente.


Quais as ferramentas de interpretação do ambiente natural e cultural?

Segundo Murta e Albano (1995) afirma que a interpretação do patrimônio é um processo de adicionar valor a experiências de um lugar, por meio de informações e representações que realcem sua história e suas características culturais e ambientais.
Portanto, os canais de interpretação poderão ser desenvolvidos e recuperados no Parque Estadual Vila Rica do Espirito Santo. São diversas as atividades, sendo ele um guia capacitado onde o mesmo poderá relatar acontecimentos históricos do local ao longo do percurso que leva até o lago, poderá ser disponibilizado aos visitantes roteiros, sinalizações contendo detalhes históricos do decorrer da trilha, a instalação de placas explicativas nesses locais entre outras ferramentas para o desenvolvimento interpretativo do Parque. 
Na figura abaixo percebe - se que existem sinalizações no decorrer da trilha que necessita ser mais bem adequada para que o uso dela como ferramenta de interpretação natural e cultural, entre atividades pedagógicas com os grupos educacionais das escolas para que o mesmo compreenda e valorize o Parque e todo o seu atrativo tanto cultural como natural.


Figura 9: Placas de localização no interior do parque.
Fonte: Raul Lennon, 2014


Produtos e serviços ofertados

O Parque Estadual Vila Rica do Espirito Santo será o produto e quanto aos serviços, à agência responsável pelas atividades no parque disponibilizará opções de viagens de grupos escolares, acadêmicos e outros.


O que mais poderá ser  agregados?

Podem ser agregados outros produtos existentes no município de Fênix – PR como a visita a Igreja da Serra, visitação a cachoeiras e serviços de hospedagem, gastronomia para os visitantes que desejarão ficar por um período mais prolongado.


Equipamentos e recursos humanos
Devem ser contratados profissionais da área de turismo e meio ambiente para que os mesmos possam utilizar de forma adequada o Parque e toda sua historia Natural e Cultural, desenvolvendo atividades ecoturística com a comunidade local para que a mesma conheça a fundo a sua historia e valorize os seus atrativos.


Quais as legislações a serem atendidas?

É considerado atrativos ecoturísticos todos os locais geográficos, públicos ou privados, cujos recursos naturais sejam utilizados para fins de lazer e/ou recreação. Para tanto, a utilização desses atrativos deverá ser planejada e desenvolvida de modo a respeitar a fragilidade dos ecossistemas e do patrimônio cultural, cabendo ao órgão estadual ambiental competente a emissão do licenciamento. (BRASIL, 2008).
Deverão ser seguidas as leis vigentes, para que dessa forma haja regularização das atividades em conformidade com legislação. Por exemplo: Lei n.º 6.513/1977 que trata das áreas de interesse turístico, Lei n.º 4.771/1965 – Institui o Código Florestal, Lei n.º 11.284/2006 que define as áreas de interesses de produção sustentável, Lei n.º 5.197/1967 que dispõe sobre a fauna, Lei n.º 6.938/1981 que define o cadastro de defesa ambiental e para o empreendimento tratado nesse trabalho a Lei n.º 9.985/2000 é uma das mais importantes, pois trata do Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza, também a Lei n.º 9.795/1999 que trata da educação ambiental. (BRASIL, 2008).

Infraestrutura

Placas contendo a história do Parque no decorrer da trilha, lixeiras, adaptação da sala que é utilizada para transmitir em video a historia do Parque, a mesma poderá contar com ar condicionado, sanitários com adequados e com acessibilidade, equipamentos de multimídia de qualidade (data Show) e tudo isso para a satisfação do visitante.


Origem dos recursos

Os recursos para a criação da agência de atividades ecoturística educativas poderão ser parcerias com a Secretaria de Turismo e Meio Ambiente do Município de Fênix – PR, Secretaria do Estado Paraná, IAP (Instituto Ambiental do Paraná), entre outras entidades envolvidas para o desenvolvimento do Parque Estadual Vila Rica do Espirito Santo. Embora seja importante ressaltar que esta agencia desenvolvera atividades para a interpretação do local a fim de ajudar o fortalecimento da área. Logo, o proposito dessa agência é desenvolver atividades ecoturística que visem beneficiar o atrativo e não somente o lucro.
A comunidade estará envolvida em todo o processo para o desenvolvimento desta agência de turismo educacional, pois se compreende que sem a comunidade é irrelevante desenvolver atividades ecoturísticas. É necessário pensar em primeiro momento em como apresentar essas atividades, tendo como ferramenta o turismo pedagógico para a própria comunidade e que a mesma se sociabilize e compreenda a importância do turismo para o desenvolvimento do Parque Vila Rica do Espirito Santo e para a economia do município de Fênix – PR.


Figura 10: representação do tipo de floresta, de solo e a inclinação, declividade presente no parque; Fonte: Global Maper, 2014; Adaptação: Angelo Ricardo Marcotti.

O recorte da área poderá ser visto na Figura (6) do presente trabalho, quanto ao clima, de acordo com o plano de manejo do parque e também pelo programa Global Maper, o clima predominante da área é o Tropical.


Hidrografia e remanescentes

            Pode-se verificar na figura (10) as localização dos rios presentes e as declividades que o parque possui, no entanto, o detalhamento da hidrografia pode ser compreendido na figura (11).

Figura 11: Lado esquerdo está o mapa do Paraná e a localização do município de Fênix. Do lado direito estão às localizações dos rios, dos remanescentes florestais, da área urbana e também as coordenadas geográficas do local; Fonte: Google Imagens.;         Adaptação: Edilson Luis

Segundo o Plano de Manejo (2003), o Parque esta situado em uma área de 353,68 hectares, o mesmo preserva um dos últimos remanescentes da pujante floresta tropical, sendo um dos últimos redutos da peroba no Paraná, figueiras e canelas de até 20 metros de altura, além do palmito em abundância. Também é refúgio de exemplares da fauna e flora, a floresta abriga da extinção o Urubu Rei, a Juruva, o Gavião Carijó, o Jacu, o Gato Mourisco, o Leãozinho-Baio, os Catetos, os Coatis, Veados e Macacos-Prego, e outros, que encontram na mata guarida segura.

            Esse trabalho abordará mais precisamente as informações técnicas do local, ou seja, sua caracterização, como o clima, a hidrografia, sua vegetação, os tipos de solos existentes na localidade, a declividade, as formações rochosas e a geomorfologia. Todos esses dados foram mapeados por intermédio das seguintes ferramentas: Google Mapper, Coredraw x6 e Paint 2010. Através desses programas, foram possíveis utilizar as informações que os acadêmicos do Curso de Turismo e Meio Ambiente receberam em sala de aula.







Conclusão

O Parque Estadual Villa Rica do Espirito Santo possui uma grande riqueza de belezas naturais e sua área é beneficiada por rios perenes, solos ricos em minerais, que influência o desenvolvimento da vegetação. O clima também é agradável e existe a possibilidade do desenvolvimento de atividades de Ecoturismo no local, pois os quesitos citados e demonstrados nos mapas anteriores, proporcionam a esse Parque um diferencial na região de Fenix no Paraná.
Logo, com o desenvolvimento dessa atividade, não só a comunidade, mas o próprio Parque tende a ganhar, pois a economia do local se aquecerá, a comunidade se conscientizará da importância que aquela área possui e consequentemente o parque será mais protegido e preservado e possivelmente receberá mais apoio financeiro para o seu desenvolvimento. 


REFERÊNCIAS


ANDRIOLO, Arley; FAUSTINO, Evandro. EDUCAÇÃO, TURISMO E CULTURA: A experiência de estudantes paulistas em Uruçanga. In: RODRIGUES, Adyr Balastreri (org.). Turismo: Desenvolvimento Local. 3 ed. São Paulo: Hucitec, 1999.

ANSARAH, Marília Gomes dos Reis (org). TURISMO: Segmentação de mercado. São Paulo: Futuraa, 1999. 

BONFIM, Mailane Vinhas de Souza. POR UMA PEDAGOGIA DIFERENCIADA: Uma reflexão acerca do Turismo pedagógico como pratica educativa. Revista Turismo Visão e Ação – Eletrônica, v. 12, nº 1.

BRASIL. Ministério do Turismo. Ecoturismo: orientações básicas. / Ministério do Turismo, Secretaria Nacional de Políticas de Turismo, Departamento de Estruturação, Articulação e Ordenamento Turístico, Coordenação Geral de Segmentação. – Brasília: Ministério do Turismo, 2008.

ECOTURISMO. Disponivel em: < http://www.travessia.tur.br/pt-br/pgn.asp?id_pg=52&nivel=1 > Acessado dia 18/11/14

HORA, Alberto; CAVALCANTI, Keila Brandão. TURISMO PEDAGÓGICO: Conversão e Reconversão do Olhar. In: REJOWSKI, Mirian; COSTA, Benny Kramer (orgs.). TURISMO CONTEMPORÂNEO: Desenvolvimento, Estratégia e Gestão. São Paulo: Atlas, 2003.

MURTA, M.; ALBANO, C. Interpretação do Patrimônio para o Turismo Sustentado: Um guia.Belo Horizonte, MG: Sebrae (MG), 1995.
p. 114 – 129, jan/abr. 2010

PIRES, P.S. Dimensões do Ecoturismo/ Paulo dos Santos Pires.  – São Paulo: Editora SENAC São Paulo, 2002.



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