O
MERCADO DE VIAGEM NO BRASIL NAS PERSPECTIVAS ECONÔMICAS E SOCIAL
Edilson Luis Fernandes
Carla Caroline
Resumo: o presente artigo tráz dados sobre os
investimentos na área do Turismo. Retrata a importância de se investir nas atividades
turísticas no Brasil. Além de abordar conceitos sobre o tema, o perfil que o
profissional dessa atividade deve possuir, os impactos causados pela prática
desordenada das atividades do turismo, a falta de planejamento nas
infraestruturas urbanísticas para a recepção de estrangeiros e as perspectivas
para ano de 2016, com a realização dos Jogos Olimpicos nos estados do Rio de
Janeiro e São Paulo, a desvalorização do Real sobre o Dólar e o vírus que tem
tomado conta dos noticiários Brasileiros e impactado o fluxo de estrangeiros no
pais. Quanto a metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica, não houve
pesquisa de campo.
Palavras-chave: Turismo; Perspectiva
econômica; Viagem no Brasil.
THE
TRAVEL MARKET IN BRAZIL IN ECONOMIC OUTLOOK AND SOCIAL
Abstract: This article brings data on
investments in the tourism sector . It portrays the importance of investing in
tourist activities in Brazil. In addition to addressing concepts on the subject
, the profile that professionals of this activity must have , the impacts
caused by disordered practice of tourism activities , the lack of planning in
urban infrastructure for the reception of foreigners and the outlook for 2016 ,
with the holding of the Olympic Games in the states of Rio de Janeiro and Sao Paulo,
the devaluation of the Real on the dollar and the virus has taken hold of
Brazilian news and impacted the flow of foreigners in the country. The
methodology used was a literature search , no field research .
Key words : tourism; econômica
perspective; Travel in Brazil .
1.
INTRODUÇÃO
O turismo é um fenômeno
socioeconômico que consiste no deslocamento temporário e voluntário de um ou
mais indivíduos que, por uma complexidade de fatores que envolvem a motivação
humana, saem do seu local de residência habitual para outro, gerando múltiplas
inter-relações de importância cultural, socioeconômica e ecológica entre os
núcleos emissores e receptores. (BRASIL, 2015). Esse fenômeno faz com que todos
os envolvidos tenham experiências importantes, porque tanto o turista quanto o
receptivo passam a vivenciar culturas diferentes, ou seja, um compreende a
cultura do outro, sendo assim, evitando choques culturais, porque ambos têm
interesses num bom contato amigável.
No ano de 2012, o setor do
turismo no Brasil ocupava a 6ª posição em geração de renda entre os países das
Américas, Europa e Ásia, com essa colocação no ranking de faturamentos,
investir em infraestrutura, qualificar mão de obra, aumentar a competitividade
no setor e incentivar o turismo como um todo é de grande importância para toda
a sociedade (BRASIL, 2013). Portanto, o investimento em equipamentos turísticos
é inevitável. Em 2014 foram gerados 8,8 milhões de empregos diretos e indiretos
e em 2015 estimou-se que R$ 534,6 bilhões de reais seriam investidos nas
atividades diretas e indiretas do setor (WTTC, 2014), mostrando a influencia
que a atividade promove. Compreender o desenvolvimento da atividade de turismo
é importante, para que se possam atender as mais diversas necessidades,
estipulando e criando estratégias de negócios.
No ano de 2015, o turismo no
Brasil, de acordo com as projeções feitas pelo Ministério do Turismo em
parceria com a Fundação Getúlio Vargas, injetou cerca de R$ 2,6 bilhões à
economia do país, considerando apenas dias de feriados prolongados, de 2 a 3
dias. (BRASIL, 2015). Para exemplificar de forma simples como o turismo
funciona, basta compreender que para atender um determinado público diversos
setores devem estar aliados, como por exemplo, se turista precisa de
transporte, então, utiliza-se dos serviços dos taxistas, que por sua vez
necessita de combutível, que dependendo a distância e demora da viagem será
necessário alimentar-se e quiça hospedar-se no local visitado e assim
sucessivamente, a cadeia continua, o hotel precisa de meios para manter o
funcionamento, enfim, todos ganham quando existe infraestrutura para
recepcionar turistas.
Já no ano de 2016, a
perspectiva para o turismo no Brasil é positiva (OMORI, 2016), principalmente
para o mercado interno, pois com a realização dos Jogos Olimpicos facilitará a
liberação de vistos para estrangeiros e com Real desvalorizado em relação ao
dólar incetiva o fluxo de estrangeiros no Brasil. Apesar desse evento ser
realizado nos estados de Rio de Janeiro e São Paulo, outros estados poderão se
beneficiar captando os turistas que virão ao Brasil com intenção de conhecer a
cultura brasileira.
Verifica-se que cada vez
mais é ressaltada a importância do setor para o Brasil, pois, em datas
consideradas ociosas o turismo é utilizado para reverter a condição de baixa
demanda no mercado. Alguns autores entendem que o turismo não é apenas economia,
mas sim, um meio que é carregado de signos, representações ambientais e de
valores sociais (NACIF, 2004), no periodo de crise econômica o turismo pode
crescer sustentávemente, desde que haja aliaça entre o trade turístico e os
órgão governamentais, como a Embratur (OMORI, 2016), assim sendo, a liberação
de vistos para estrangeiros, a redução de taxas cobradas pelo turismo, geração
de empregos a divulgação do atrativos existentes no Brasil, a qualidade de vida
encontrada no pais transforma o desenvolvimento não só econônomico, mas social.
Compreendedo um pouco sobre
o turismo e os impactos positivos por ele causado, saber que ele também pode
ser predatório é importante, já que a atividade é bastante complexa e fica mais ainda quando se
trata de Turismo e meio ambiente. Reconhece-se o crescimento desordenado das
atividades do turismo e dos impactos causados por ele, principalmente nas áreas
ambientais.
Logo,
faz do turismo como atividade de desenvolvimento positivo ou predatório. Outro
estudo aponta o mesmo resultado, como é o caso de Cagna, (2012), que afirma o
crescimento desordenado do turismo em áreas do litoral que acarretou a
degradação ambiental, aumentou a violência na comunidade de Guarujá no estado
de São Paulo e com a especulação imobiliária expulsou os nativos Caiçaras das
suas moradias. No Brasil, apesar desses pontos negativos, o turismo tem um
grande potencial econômico, cultural, social e ambiental devido a reciprocidade
que estabelecem entre esses quatro elementos. Para tanto, deve observar o
perfil dos turistas, de onde eles vem, o que pretendem, o que buscam. Assim,
será possível administrar gastos e investir nos pontos certos.
Mesmo
se investindo em infra-estrutura, ainda existem problemas que dificultam a
satisfação dos turistas que viajam no Brasil, principalmente os estrangeiros.
Problemas como o saneamento básico em determinas regiões, a violência, a má
sinalização e falta de mão de obra qualificada ocorre a muito tempo, e Lemos
(2003) retratou a em seu artigo a análise do turismo receptivo no Brasil e de
lá para cá ainda é fácil de se encontrar informações negativas pela mídia, na
internet por exemplo é relatado a falta de estruturação urbanística para uma
boa hospitalidade tanto para o turista brasileiro quanto estrangeiro.
Os investimentos no setor
turístico, projeções realizadas da economia do país para ano de 2015, trouxeram
resultados desagradáveis, como: baixo crescimento econômico, dólar e juros
altos, inflação, alta do índice de desemprego, aumento de impostos e tarifas
(SANGLARD, 2014), situação ainda vivenciada no inicio de 2016. Diante desse
fato, surgem duvidas sobre a perspectiva positiva do turismo para o Brasil. O Turismo
será afetado de alguma maneira?
2.
METODOLOGIA
Foi
realizada a revisão da literatura, que é feita a partir do levantamento de
referências teóricas já analisadas e publicadas por meios escritos e
eletrônicos, como: livros, revistas, artigos científicos, páginas eletrônicas (FONSECA,
2002). A revisão da literatura é realizada da seguinte forma:
Desenvolvida
a partir de materiais já elaborados, a revisão da literatura tem um importante
papel no desenvolvimento preliminar de uma pesquisa, pois toda pesquisa requer
na primeira fase o levantamento e a revisão da literatura existente para a
elaboração conceitual (DENKER, 1998).
Com essa revisão foi
possível enteder por intermédio de conceitos de diversos autores, se
familiarizar um pouco mais sobre o tema tratado nesse artigo, ou seja, o
mercado de viagem no Brasil e as perspectivas econômicas e sociais. O método
preliminar é fazer o levantamento das obras públicas e verificar as
difciculdades obtidas, os resultados, os métodos e as considerações que os
autores expuseram.
As
informações foram analisadas, contextualizadas para que houvesse harmonia entre
as informações obtidas por autores como Omori (2016), Nacif (2004), Cagna
(2012), Lemos (2003), Sanglard (2014), todos abordaram temas que refletiam o sucesso
e o retorno econômico do investimento no turismo, entanto, também relataram
dificuldades para se implantar as atividades do turismo no Brasil. Alguns sites de órgão governamentais do Brasil
também foram analisados e os principais foram: WTTC e o Ministério do Turismo. Os
dados e informações divulgados nos artigos, livros e pesquisas desses autores resultaram
nesse artigo acadêmico.
3. TURISMO
E SUAS PERSPECTIVAS
Pode-se entender o turismo como
sendo um conjunto de deslocamentos voluntários e temporarios a determinados lugares.
Logo, refere-se a atividades realizadas fora do local habitual, sendo estas
realizadas com finalidades distintas e em busca de satisfação daquele que se desloca.
(SANGLARD, 2014), sendo assim, atividades como lazer, negócios, eventos, enfim,
uma gama de opções, desde que atividades realizadas fora do entorno habitual,
então, estará vivenciando o turismo.
No Brasil o turismo
mostra-se como um elemento importante e crescente na economia e vem se tornando
uma das atividades mais crescente.
(BECKER, 2001). Talvez esse resultado seja devido a abrangencia de setores
que o turismo tem. São necessários envolvimentos com distintos empreendimentos
do trade, tais como o setor hoteleiro, companhias áreas, empresas de
transportes, locadoras de veículos, enfim, uma gama de setores poderão se
beneficiar com o desenvolvimento do turismo.
As oportunidades existem,
como a ampliação de verba para o Ministério do Turismo, programas de
fortalecimentos para promoção de megaeventos e gestão descentralizada do
turismo (BRASIL, 2011). Porém, se torna um problema viajar no Brasil já que há
burocracia para se obter visto, imposição de taxas, pouca integração do poder
público com o privado, falta de participação e entrosamento de secretárias de
turismo e o baixo orçamento estadual e municipal frente a demanda de turistas.
(BRASIL, 2011). Sabendo disso, a situação econômica tem diversos entraves,
mesmo tendo o Brasil a capacidade de se alavancar na área do Turismo.
Para as empresas, no inicio 2016
o impasse foi ainda maior, porque com a alta do dólar os impostos ficaram ainda
mais caros e as taxas cobradas para a realização de atividades do turismo
tomaram proporções exorbitantes. Neste ponto, as empresas que se utiliza do
turismo deverá reduzir ao máximo os seus custos internos, como demissões, para manterem
competitivas, além de buscar novos destinos, alternativas, soluções e
parcerias.
Portanto, de um lado está o
turista que apesar da burocracia poderá viajar ao Brasil por um preço acessível
e por outro lado estão os empresários que se depara com a inflação em alta. Segundo
o Banco Itaú (2015), o cenário Brasileiro estava ruim desde o ano de 2015 e no
ano seguinte a situação continua.
4. PERFIL
PROFISSIONAL
Para
ingressar nessa área, o profissional do turismo deve buscar especializações,
buscar conhecimento daquilo em que pretende atuar. Além de saber se comunicar,
ter bom relacionamento com as pessoas ele deve saber se colocar no lugar do
outro, pois a empatia é a peça fundamental para a comunicação entre as pessoas.
(LEAL, 2004). A questão da empatia é algo que o profissional deve possuir, ou
seja, saber se colocar no lugar do outro, se não é bom para mim, então não será
para o outro. Essa capacidade de se colocar no lugar no outro faz com que o
profissional seja mais humano, ou melhor, mais sensível as necessidades que
inevitavelmente se depará perante aos seus clientes.
A qualidade dos serviços
prestados por profissionais do turismo não se resume em apenas dominar as
técnicas de atendimento, mas principalmente deve ser uma prática constante da
hospitalidade, pois está ligada também a qualidade dos serviços prestados
tornando um diferencial no meio da concorrência. (DALPIAZ E DAGOSTINI, 2011). A
hospitalidade está além de um bom atendimento, para ser hospitaleiro deve
possuir infraestrutura para tal. Um cliente, um turista, quer um bom meio de
transporte, uma boa gastronomia, locais acessíveis e seguros, um local para
poder dormir e desacansar e esse local deve ser aconchegande para acomoda-lo e
atender todas as suas necessidades básicas.
Acredita-se
que um bom profissional é aquele que tem convicção daquilo que diz, que tem
conhecimento das palavras expressadas, que domine outros idiomas, que entenda
de informática, marketing, que procura estar informado sobre a atualidade e nos
últimos anos, é a questão do empreendedorismo que está tomando espaço para
complementar os requisitos de um bom profissional, não só do turismo, mas de
outras áreas.
Conceitua-se
empreendedorismo como: a habilidade de criar e constituir algo a partir de
muito pouco ou do quase nada (BARRETO, 1998). Sendo assim, é aquele que vê
oportunidade, tomando iniciativa para mudar e que se arrisca em busca de
realizar seu projeto. O profissional do turismo, o turismólogo por exemplo, deve
possuir as habilidades de um empreendedor, reconhecer a oportunidade e
implantar atividades turísticas com intuito de desenvolver a comunidade,
estimulando o reconhecimento social, cultural, ambiental e econômico.
O turismólogo que obtever
êxito com a comunidade terá o seu trabalho perante a sociedade como sendo de
grande valia, será importante, logo, ele terá o reconhecimento de um
profissional especilista na área e assim, colocará em prática o que estudou e
pesquisou enquanto acadêmico de turismo.
5. RESULTADOS
A expectativa de crescimento
do Brasil é positiva, graças a realização de grandes eventos como os Jogos
Olimpicos em 2016, investimento nos programas do Ministério do Turismo, e a tendência
é que a indústria de viagens e turismo do país seja impulsionada, pois com
desvalorização do Real os turistas podem vir ao Brasil e gastar menos, já que o
dólar está em alta. A competição mundial que ocorrerá ainda nesse ano também
desempenha um papel importante na promoção do turismo no exterior.
Ações como a facilitação dos
vistos, o aumento de novos voos internacionais para o Brasil e a melhora nos
aeroportos, ou seja, segundo a WTTc (2004), investimentos na infraestrutura, no
turismo em si, são pontos importantes para atrair turistas Mas vale salientar
que a desvalorização da mão de obra e da qualificação são fatores que requerem
atenção, porque compromete o resultado positivo trazido pelos meios oficiais do
Turismo, como a EMBRATUR, Ministério do Turismo e o Plano Nacional do Turismo,
eles retratam da importância, mas não incentivam ativamente que haja
investimentos e muito menos supervisionam isso. Acredito que os empresários
veem como inviável capacitar seu funcionário e o mesmo cobrar mais caro pelo
trabalho. Portanto, o turismo pode ser afetado sim, mas resta os órgão
governamentais mudar essa situação e alavancar o turismo.
Considerando que o turismo
tem se tornado um meio de aquecer a economia mundial, é importante compreender
este tema nas mais distintas formas de sua prática. O turismo bem planejado
pode promover desenvolvimento de infraestrutura, gerar rendas, qualificar mãos
de obras e elevar a importância educacional das pessoas que vivem do turismo. Para
haver desenvolvimento, fazem-se necessários muitos elementos, tais como:
profissionais capacitados, infraestrutura adequada, equipamentos de apoio,
produtos turísticos, apoio governamental, poder publico, privado e a comunidade.
Os profissionais capacitados
devem ser mais reconhecidos pelas suas funções, portanto, remunerados. O que
acontece é que o profissional estuda quatro anos para desempenhar uma
determinada função, tem noções de diversos setores, no curso existem diversas
grades curriculares, algumas delas é o ambiental e legislativo, porém, mesmo
assim não lhe pagam devidamente, obrigando
que os mesmos procurem outros ramos ou se sujeitem a ganhar o que os
empresários estão dispostos a pagar, em sua maioria eles desistem, daí a
cobrança de se conseguir alguém que tenha capacitação e esteja livre no
mercado.
Já as tendências e
perspectiva na ótica econômica no ano de 2016 giram entorno dos jogos olímpicos
no Brasil, mas essa perspectiva positiva pode mudar, pois no ano de 2015 e até
fevereiro de 2016 foram registrado casos de Zica Virús (Zica Vírus é uma
infecção transmitida pelo mosquito Aedes Egyptie e essa infecção pode ocasionar
a microcefalia em bêbes), segundo o Portal Brasil (2015) o vírus se espalhou
com muita rapidez no Brasil e isso assusta os turistas, comprometendo o
desenvolvimento da atividade no país. O problema com esse vírus é complexo que
nem mesmo os cientistas possuem uma resposta sobre o que fazer para eleiminar
esse vírus que tem assolado a cidade de Campo Mourão – Paraná.
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BANCO
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BRASIL.
Lei Geral do Turismo n.º 11.771/08, de 17 de setembro de 2008. Dispõe sobre a
Política Nacional de Turismo, define as atribuições do Governo Federal no
planejamento, desenvolvimento e estímulo ao setor turístico; revoga a Lei no
6.505, de 13 de dezembro de 1977, o Decreto-Lei no 2.294, de 21 de novembro de
1986, e dispositivos da Lei no 8.181, de 28 de março de 1991; e dá outras
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